domingo, 23 de fevereiro de 2014

2014... novos ares na Escola Orlanda Neves Strack... Para os alunos dos 7ºs e 8ºs anos uma breve apresentação da Plataforma EDMODO. Aos colegas que pretendam utilizá-la... bem.. é facílimo de mexer e é gratuita. Ela tem compatibilidade com arquivos de texto, imagens e vídeos. Sintam-se à vontade e confiram. www.edmodo.com  ... Em breve as melhores produções... aqui!


É... depois de um tempo de ostracismo (rsrsrs) as postagens do Blog Historiar retornam com todo o fôlego... Começando os trabalhos com  a impressionante história de um garoto canadense de 6 anos que não queria ficar só olhando: ele queria fazer a diferença... e fêz! Em breve os comentários dos alunos do 6º ano sobre a reportagem... 21 / 
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O menino canadense e os poços na África

Nós já mostramos aqui no blog a história de Joshua Smith, o menino norte-americano
que angariou fundos para a reforma de dois parques urbanos na cidade de Detroit.
Hoje, o assunto é a história de Ryan Hreljac, o menino canadense que ajuda a
fornecer água para os povos africanos.
Ryan Hreljac
Ryan Hreljac tinha apenas seis anos de idade
quando aprendeu na escola que um em cada
seis habitantes do planeta não tem acesso
à água potável. Em todo o mundo, cerca
de 4000 crianças morrem por dia em
decorrência de doenças causadas pelo
consumo de água inadequada.

Despertado pela professora, o pequeno
Ryan então decidiu: ele precisava ajudar.
Disse aos pais que precisava de 70 dólares
canadenses (pouco mais de R$ 150,00) para
cavar um poço na África. A princípio,
seus pais tentaram dissuadi-lo da ideia.
Com a insistência do garoto, eles
acabaram concordando em dar o dinheiro
em troca de tarefas domésticas.
Logo Ryan descobriria que os 70 dólares
não eram suficientes. O custo real de
um poço na África era de 2.000 dólares
canadenses (cerca de R$ 4.300,00).
Os pais de Ryan disseram que não poderiam arcar com o custo –
mesmo se ele continuasse com as tarefas domésticas.
Ryan então saiu para angariar dinheiro na comunidade. E conseguiu: ele
reuniu o dinheiro e perfurou seu primeiro poço em 1999, em uma pequena
comunidade de Uganda. Ryan foi até lá inaugurar o poço.
Ele já era conhecido na comunidade como o menino canadense que levou
água para a população local.
Ryan Hreljac
Durante o processo de coleta de fundos, Ryan começou a corresponder-se com um menino de Uganda, chamado Jimmy Akana. Ryan e Jimmy vieram a conhecer-se na inauguração do primeiro poço, em 1999. Hoje, Jimmy mora com Ryan no Canadá. Ele se naturalizou canadense e atualmente cursa faculdade no país.

De lá para cá, Ryan não parou mais. Em 2001, ele fundou a ONG Ryan’s Well Foundation, dedicada a levar água e saneamento a países pobres da África, América Central e Caribe. Vieram poços no Quênia, Togo, Gana, Burkina Faso, Haiti… Ao todo, já são 740 projetos de poços, quase mil latrinas e 800.000 pessoas beneficiadas em 16 países.
Ryan’s Well Foundation teve parceria com a ONGH2O Africa Foundation, do ator norte-americano Matt Damon (hoje Water.org). Mas o trabalho da fundação de Ryan é principalmente realizado em parceria com ONGs locais, que conhecem bem as características e necessidades de cada lugar. As ONGs são selecionadas pela fundação com base no seu conhecimento
local e sua confiabilidade.
Ryan Hreljac
Ryan’s Well Foundation não constrói
apenas os poços. Ela acredita que satisfazer
apenas as necessidades prementes não
resolve o problema. Os projetos são feitos
de forma escalonável, de forma que os
poços e latrinas possam ser ampliados
para atender necessidades maiores no futuro.
As pessoas são capacitadas para dar continuidade
aos projetos. O dinheiro necessário para a
construção de poços e latrinas vem de
doadores grandes e pequenos. Muitas das
ideias para doações são criativas. Em 2012, o governo canadense anunciou a
retirada de circulação das moedas de um centavo. Foi uma oportunidade
para a Ryan’s Well Foundation, que solicitou às pessoas que enviassem
para elas as moedinhas do fundo da gaveta. O dinheiro a ser recolhido seria
 empregado em um novo projeto na África.
Ryan’s Well Foundation também promove os desafios escolares. Neles,
os alunos das escolas canadenses são incentivados a coletar doações para
financiar poços e sistemas sanitários na África. Muitos dos projetos da fundação
tornaram-se realidade com doações angariadas pelos estudantes.
Ryan Hreljac
A fundação tem ainda um projeto de conscientização e chamada dos jovens à ação. Esse projeto chama-seYouth in Action (Juventude em Ação). Ele convoca as crianças nas escolas canadenses a fazer o que Ryan fez: descobrir em quê elas podem ajudar o mundo e ir à luta!

Hoje na universidade, Ryan continua indo à África ajudar na construção de poços. Ele dá palestras sobre a fundação em várias partes do mundo. Sua história mostra que todos podem dar a sua contribuição para a melhoria das condições humanas:
“O meu conselho para todos é que, para fazer uma mudança positiva no mundo, você precisa encontrar alguma coisa pela qual você se apaixone e tomar as medidas para ação. Espero que a minha história sirva de lembrete de que 
todos podemos fazer a diferença.” – Ryan Hreljac

Crédito das fotos: Ryan’s Well Foundation.

Publicação original em http://www.parquesepracasdecuritiba.eco.br/blog/2013/07/21/o-menino-canadense-e-os-pocos-na-africa/